Inteligência Artificial na saúde: o que esperar para 2023?

O uso da inteligência artificial na saúde já é uma realidade no mercado. E o ano de 2023 promete grandes mudanças e avanços nesse sentido. Com vantagens para pacientes e médicos, essa tecnologia vem com o objetivo melhorar a precisão de diagnósticos e o tempo de resposta e atendimento, bem como potencializar a qualidade dos serviços oferecidos ao paciente. 

Na prática, a tecnologia pode, ainda, ser utilizada em todos os níveis em centros de saúde, bem como na prevenção de doenças. Aliás, foram os algoritmos da Inteligência Artificial que detectaram, ainda em dezembro de 2019, o surgimento de uma nova doença na China. 

Sim, você não leu errado! Desenvolvido por uma empresa canadense, a BlueDot, o algoritmo fez uma varredura em milhares de dados em busca de detalhes sobre doenças e a capacidade de proliferação das mesmas, alertando sobre os perigos do novo vírus em 31 de dezembro. Exatamente nove dias antes da Organização Mundial de Saúde (OMS) emitir o seu primeiro alerta.

Mais uma prova de que é possível – e imprescindível – conciliar softwares inteligentes e avanços tecnológicos com a medicina. 

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O que é inteligência artificial?

A inteligência artificial não é bem uma novidade. O termo foi mencionado pela primeira vez nos anos 1950 em estudos e práticas científicas que já enxergavam um potencial importante nas máquinas. 

O objetivo na época era um só: desenvolver uma máquina que pudesse ter a capacidade de pensar e agir como um humano. Mas, nem de longe, os pesquisadores da época poderiam imaginar o que a IA seria capaz mais de 60 anos depois.

Hoje é possível afirmar que o sonho deu certo. Afinal, a inteligência artificial contempla justamente sistemas que reproduzem a inteligência humana e são capazes de executar tarefas, se aprimorar e tomar decisões com base nos dados, variáveis e outras informações que eles mesmos coletam. 

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Impacto da inteligência artificial na saúde 

O uso de inteligência artificial na saúde tem sido cada vez mais debatido, corroborando a tese de que tecnologia e medicina caminham lado a lado. Mais do que uma tendência para os próximos anos, este campo da ciência já é uma realidade em grande parte do mundo.

Além do exemplo da detecção do coronavírus, no Brasil, temos situações práticas nas quais a IA é uma grande aliada. Atualmente já é possível, inclusive, encontrar robôs inteligentes e sistemas de programação complexos que permitem otimizar atendimentos, diagnósticos e tratamentos em centros de saúde. 

Há, ainda, equipamentos que oferecem check-up automático ou que permitem monitorar os sinais vitais do paciente de maneira contínua, coletando dados e fazendo análises mais completas, que agilizam o diagnóstico e garantem maior precisão em menos tempo.

Em linha com outras tendências do mercado, como o open health – movimento que visa tornar todos os aspectos da saúde abertos, transparentes e acessíveis –, a IA também marca presença quando o assunto é compartilhamento de informações. 

Por meio de sistemas inteligentes, é possível contemplar uma ampla base de dados e integrar diferentes setores e clínicas. 

Esta, aliás, deve ser uma das grandes apostas para 2023, quando o assunto é inteligência artificial na saúde. Espera-se que as empresas finalmente operacionalizem os sistemas e a ciência de dados, fazendo um uso cada vez mais estratégico e inteligente das informações – de imagem, genômica e registros clínicos.

À medida que a discussão em torno da IA avança – que as pessoas e organizações passam a se sentir mais à vontade com o uso desse tipo de tecnologia – outra discussão entra em pauta: a ética. 

Com a democratização e expansão da inteligência artificial, existe, sim, uma preocupação com a questão ética, transparência e compliance das máquinas – especialmente no que se refere às condutas e compartilhamento de informações. 

Para que não ocorra prejuízos aos pacientes e médicos, minimamente espera-se que nos próximos meses as empresas estabeleçam por si mesmas questões de ética, com base em princípios de transparência e moral.

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