No início deste ano, o Ministério da Saúde anunciou a possibilidade de criar e implementar um sistema de “open health”, inspirado na plataforma “open banking”. E, assim como aconteceu com o setor bancário, o modelo promete revolucionar o sistema de saúde do Brasil como um todo, trazendo mais transparência e agilidade ao mercado.
De um modo geral, esse tipo de tecnologia favorece a todos: governo, sociedade, médicos, hospitais e clínicas de um modo geral. Afinal, por meio dele é possível criar um ecossistema de dados totalmente integrado – que, se bem desenvolvido, deve facilitar e ampliar o acesso à saúde, um dos maiores desafios do país atualmente.
Entenda mais sobre o conceito.
Como funciona o Open Health?
Na prática, o open health segue a lógica de intercâmbio de informações que já acontece no open banking. Isto é: o modelo permite o compartilhamento dos dados de pacientes para as instituições de saúde para que elas, por sua vez, possam oferecer serviços conforme a necessidade de cada um.
Ou seja, não será mais preciso carregar pastas com exames prévios, laudos, imagens, prescrições, informações sobre alergias a medicamentos, atestados e outros dados de procedimentos realizados anteriormente.
Uma vez que todos esses dados já estarão disponíveis em um sistema, a tendência é que as filas de emergência sejam cada vez menores e os tratamentos sejam mais eficientes. Além disso, a tecnologia deve garantir uma avaliação muito mais completa do paciente, permitindo, até mesmo, tratamentos preventivos.
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Tecnologia que amplia a concorrência
Ter uma fonte única de dados gera um impacto positivo no mercado, uma vez que é possível oferecer ganhos em relação ao atendimento, com maior velocidade e assertividade nas decisões clínicas, evitando a realização de exames repetitivos ou tratamentos já realizados anteriormente.
E as vantagens vão além. O compartilhamento de informações deve ampliar a concorrência, especialmente no que se refere aos planos de saúde. Atualmente, a troca de operadoras exige que o paciente colabore com uma extensa lista de documentos e históricos de doenças pré-existentes.
Com o open health, a tendência é facilitar esse processo, já que o modelo permite o compartilhamento dos registros eletrônicos de saúde, tanto dos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS), quanto da rede privada e convênios. Assim, com a informação à disposição, a portabilidade que leva mais de 90 dias hoje deve ser realizada em segundos.
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Contudo, para que tudo isso se torne uma realidade – e se mostre eficiente – é preciso investir em sistemas de ponta e redes criptografadas. E, embora esta seja uma preocupação legítima, a boa notícia é que já existem atualmente sistemas que garantem a segurança e sigilo que precisamos com dados de saúde.
Além da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que regulamenta a coleta e o tratamento de informações, o mercado tem acompanhado a evolução da tecnologia e já conta com plataformas e softwares preparados para evitar invasões ou modificações de informações, bem como realizar auditorias, controle de compartilhamento de dados do titular, entre outros.
Com isso, é certo dizer que o open health é, sem dúvidas, uma grande oportunidade para governos e planos de saúde. Também desempenha um papel importante para a população em geral, que sofre diariamente com o setor no Brasil.
Quase inexistente em outras partes do mundo, o modelo representa um avanço importante e deve revolucionar a forma como médicos e pacientes se relacionam, facilitando a logística e o acesso à saúde.
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